Varíola do macaco: passa de 300 o número de casos confirmados no mundo

Nas últimas três semanas, doença contaminou moradores de mais de 20 países; perspectiva é de que número de infectados siga crescendo

Foto: Brian W.J. Mahy/CDC

Vinte e dois países atingiram, na tarde desta quinta-feira, mais de 300 casos confirmados da varíola do macaco, doença que se espalhou, sobretudo na Europa, desde o começo de maio.

Dados de um acompanhamento em tempo real feito pela iniciativa Global.health, de pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford, além de informações de governos, revelaram o seguinte número de diagnósticos por país:

• Inglaterra: 85
• Espanha: 84
• Portugal: 58
• Canadá: 15
• Alemanha: 12
• Países Baixos: 12
• Estados Unidos: 9
• Itália: 9
• França: 7
• Bélgica: 6
• República Tcheca: 5
• Escócia: 3
• Austrália: 2
• Suécia: 2
• Suíça: 2
• Eslovênia: 2
• Áustria: 1
• Dinamarca: 1
• Israel: 1
• Irlanda do Norte: 1
• Emirados Árabes Unidos: 1
• País de Gales: 1

Outros 79 casos considerados suspeitos seguem aguardando a confirmação por exames de laboratório. Desses, 61 na Espanha, 11 no Canadá e os demais na Argentina, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Israel e Itália. No Reino Unido, local com maior número de infectados, autoridades sanitárias preveem o surgimento de novos casos nos próximos dias, enquanto mantêm as investigações epidemiológicas para entender como uma doença considerada de baixa transmissão entre humanos vem se espalhando tão rapidamente.

“O risco para a população do Reino Unido permanece baixo, mas estamos pedindo às pessoas que estejam alertas a quaisquer novas erupções cutâneas ou lesões em qualquer parte do corpo”, afirmou em comunicado hoje a consultora médica chefe da UKHSA (Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido).

A chefe do departamento de Doenças Emergentes e Zoonoeses da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemiologista Maria Van Kerkhove, afirmou nesta semana que estes “não são padrões típicos de transmissão da varíola do macaco”, mas ressaltou que o vírus é muito diferente do que causa a Covid-19, minimizando as chances de uma disseminação global semelhante à que provocou a pandemia atual.

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