Arrecadação federal bate recorde mas receita é menor com desonerações

Crédito: Freepick

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 195,085 bilhões em abril. O resultado é um novo recorde para o mês desde o começo da série histórica, em 1995, conforme dados divulgados pela Receita Federal, e representa um aumento real de 10,94% na comparação com abril do ano passado. Em relação a março deste ano, houve crescimento real de 17,60% no recolhimento de impostos.

Entretanto, o desempenho do mês também revela que houve perda de receitas com as reduções das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializado e do PIS/Cofins sobre combustíveis. Já as desonerações concedidas resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 29,492 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficaram em R$ 24,482 bilhões. Apenas no mês de abril, as desonerações totalizaram R$ 10,160 bilhões, também acima do registrado em abril do ano passado (R$ 7,196 bilhões).

No acumulado do ano até abril, a arrecadação federal somou R$ 743,217 bilhões, também o maior volume para o período da série histórica. O montante ainda representa um avanço real de 11,05% na comparação com os primeiros quatro meses de 2021. A autoridade fiscal destacou o crescimento real de 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em abril, devido ao desempenho da estimativa mensal.

Também houve crescimento de 32,5% no recolhimento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), especialmente nas operações de crédito e em títulos ou valores mobiliários. A Receita anunciou ainda a alta de 61,9% na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Capital, em função do aumento dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.