“Política de segurança exige demonstração de força”, declara governador do RJ após ação com 25 mortes

Operação das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar ocorreu na Vila Cruzeiro, zona Norte da capital fluminense, nessa terça

Foto: Fernando Frazão/ABr

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu, através das redes sociais, nesta quarta-feira, a operação das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar, que deixou ao menos 25 mortos no Complexo da Penha, zona Norte do Rio, nessa terça. O governador afirmou que a comunidade se tornou um “hotel de luxo para chefes de facções criminosas de outros estados do Brasil”.

Castro disse, em uma sequência de publicações, que não não pretendia assistir ao fortalecimento de criminosos sem reagir. “A política de segurança no Rio de Janeiro, infelizmente, exige do poder público demonstração de força e autoridade”. Ele comparou, ainda, a reação de especialistas em segurança após a ação de ontem com o episódio de ataque a um helicóptero particular, alvejado por criminosos na semana passada. “Na oportunidade, não vi nenhum especialista defender os cidadãos de bem! Não vi ninguém cobrar das polícias que é preciso tirar as armas dos criminosos, que precisamos enfrentar esses covardes”, declarou Castro.

Mais cedo, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou “preocupação com a notícia de mais uma operação policial com índice tão alto de letalidade”, em conversa com o procurador de Justiça Luciano Mattos. A ação é 2ª ação mais letal da história.

Fachin é relator de uma ação que tramita no Supremo e para tratar de letalidade policial no Rio e já determinou que o governo do estado apresente um plano de redução da mortandade. Os Ministérios Públicos Federal e Estadual abriram procedimentos investigativos para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação, solicitando informações sobre os agentes.

A incursão policial na Vila Cruzeiro tinha o objetivo, de acordo com a PM, de capturar chefes da maior facção criminosa do Rio, incluindo alguns com atuação em outros estados, como o Pará. Os agentes afirmaram que foram atacados por traficantes armados minutos antes de entrar na comunidade. Entre os mortos já identificados, está a cabeleireira Gabrielle da Cunha, atingida dentro de casa, na comunidade da Chatuba, fora da área de operação, segundo a PM.