O presidente Jair Bolsonaro vai se reunir, na manhã desta sexta-feira, com o empresário Elon Musk, CEO da Tesla e que comprou o Twitter recentemente. O encontro dos dois vai ocorrer em São Paulo.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, organizou a agenda. Nessa quinta, Bolsonaro falou sobre o assunto, mas não citou o nome de Musk.
“Tenho um encontro amanhã com uma pessoa muito importante, que é reconhecida no mundo todo e que vem para cá oferecer para ajudar a nossa Amazônia, o coração”, disse o presidente durante a live semanal.
Ao anunciar a negociação para se tornar proprietário do Twitter, Musk criticou a plataforma e defendeu que os usuários da rede social tenham mais liberdade para se expressar.
“A liberdade de expressão é a base de uma democracia que funciona, e o Twitter é a praça pública digital onde os temas vitais para o futuro da humanidade são debatidos”, pontuou. “Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”, acrescentou.
A compra do Twitter agradou ao governo federal. Constantemente, Bolsonaro critica decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que restringem o acesso de apoiadores do presidente à plataforma e reclama de uma perseguição do Judiciário a eleitores dele. Com Musk à frente da rede social, o Executivo espera que esse tipo de situação seja coibido.
Ao comentar sobre a negociação, no fim de abril, Bolsonaro disse que a compra da plataforma “mudou o humor do Brasil”. Além disso, Musk recebeu os parabéns de Fábio Faria. “Que o Twitter passe a ser o templo da liberdade de expressão, diferentemente de algumas outras plataformas que se tornaram local de censura e perseguição ideológica!”, escreveu, na época, o ministro da Comunicação.
O empresário é a pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna avaliada em 269 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,3 trilhão). Para comprar o Twitter, Musk ofereceu 44 bilhões de dólares (R$ 214 bilhões).
