Rio ameaça sair do leito em Rolante, no Vale do Paranhana

Município de Riozinho também sente os efeitos da passagem do ciclone Yakecan pelo RS

Foto: Alina Souza / CP Memória / Correio do Povo

Apesar de o ciclone Yakecan já ter se afastado do Rio Grande do Sul, os reflexos do fenômeno ainda podem ser sentidos, sobretudo em cidades onde choveu acima da média. Na região do Vale do Paranhana, os municípios de Rolante e Riozinho veem os níveis de rios e córregos subir rapidamente, desde essa terça. A situação complica o acesso e a saída de ambas as cidades, o que levou as prefeituras a cancelarem as aulas nesta quarta-feira.

Segundo o boletim mais recente do Corpo de Bombeiros Voluntário de Rolante, foram bloqueadas as passagens à localidade de Mascarada, em ambos os sentidos; a rua Oscar Ritter, e dois acessos em direção à linha Reichert. “A comunidade deve se precaver para uma possível enxurrada”, alertou a corporação, em mensagem no Facebook ainda no início da tarde. Na postagem da noite desta quarta, os bombeiros confirmaram que a água já começa a retornar pela rede pluvial e reforçaram o risco de que o rio Rolante saia “completamente do leito” durante a madrugada. Nesse caso, o rio Areia, que permaneceu estável durante o dia, também pode ser afetado.

Durante a tarde, as guarnições seguiam fazendo vistorias e auxiliando a população de Rolante. A MetSul Meteorologia observa, contudo, que o vento Sul pode manter alto o nível dos rios, ameaçando comunidades ribeirinhas do Vale do Paranhana.

Já em Riozinho, o nível das águas seguia subindo, durante a tarde, sem previsão para a normalização do escoamento. Como o Rolante é afluente de rios situados em Canela e Gramado, onde a chuva se manteve constante nesta quarta, os relatórios de monitoramento eram feitos de meia em meia hora. Não há desabrigados ou vítimas na cidade até o momento.