IGP-10 apresentou forte desaceleração em maio, aponta FGV

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O comportamento dos preços de produtos agrícolas e minerais seguraram o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) para uma alta de apenas 0,10% em maio. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), índice que em abril foi de 2,48%, e levou o índice a um avanço em 12 meses de 12,13%.

Em maio, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, passou a cair 0,08%, contra avanço de 2,81% no mês anterior. “A queda verificada entre abril e maio nos preços de grandes commodities agrícolas (de +0,23% para -1,72%) e minerais (de +0,77% para -3,17%) contribuiu para a queda da inflação ao produtor”, explicou André Braz, coordenador dos índices de Preços. Ele afirmou que esse alívio está influenciando a taxa em 12 meses do grupo Matérias-Primas Brutas, agora de -2,77%.

“Ainda ao produtor, as taxas de variação dos bens intermediários (de 4,26% para 0,89%) e dos bens finais (de 4,07% para 1,12%) também apresentaram desaceleração, mas a variação acumulada em 12 meses para estes estágios de processamento se mantém em patamar muito elevado, 25,70% e 19,49%, nesta ordem, o que sustenta repasses que chegam gradualmente ao varejo”, ponderou Braz. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,54% em maio, de 1,67% em abril.

Como justificativa pela desaceleração a FGV aponta a queda de 2,37% dos preços de Habitação, contra alta de 1,62% no mês anterior. O destaque no grupo foi a baixa de 12,93% da tarifa de eletricidade residencial, que havia subido 2,10% em abril. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, ganhou 0,74% no período, depois de avançar 1,17% em abril. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.