Porto Alegre inicia retirada de animais do lago do Parcão

Patos, marreco e ganso foram doados à Universidade Luterana do Brasil (Ulbra)

Foto: Sérgio Louruz/Smamus/PMPA

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) acompanha o trabalho da empresa Athena, especializada no manejo de animais, na retirada de 26 patos, um marreco e um ganso, todos adultos, habitantes do Lago do Parque Moinhos de Vento (Parcão), em Porto Alegre. A ação começou nesta segunda-feira.

“A retirada dos animais é necessária para as obras de revitalização do lago, previstas para o segundo semestre. Com a colocação de tapumes, os animais não teriam como entrar e sair do lago, podendo se machucar. E também cumpre uma decisão de Justiça”, explica o diretor de Áreas Verdes, Alex Souza. A 10ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Porto Alegre determinou, em caráter liminar, que sejam realizadas ações de recuperação do lago e proteção dos animais, com base na ação civil pública da ONG União pela Vida (UPV).

Os animais foram doados à Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que vai assumir a guarda responsável das aves de forma gratuita. O local atende aos requisitos técnicos e de bem-estar dos animais, que serão recebidos, exclusivamente, para fins de ornamentação.

“Estamos recebendo estas aves para acomodação nos açudes do Campus da Ulbra Canoas. Uma equipe composta de professores, alunos e tratadores já está a postos para dar toda a assistência necessária aos novos habitantes da Fazenda Escola do Curso de Veterinária. Os ambientes foram cuidadosamente preparados com abrigos e comedouros necessários para a segurança e bem-estar dos novos componentes do Campus. Certamente esses animais terão todos os cuidados essenciais e vão agregar alegria e satisfação aos nossos alunos, colaboradores e visitantes”, declara o diretor da Faculdade de Veterinária da Ulbra, Paulo Aguiar.

Conforme a prefeitura, o lago do Parcão não é apropriado para receber animais e todos os viviam ali haviam sido abandonados no local. A prefeitura colocou placas entorno do lago para orientar a população. É proibido e considerado prática de maus-tratos o abandono de animais, conforme o Decreto Municipal nº 20.561/2020, que regulamenta a Lei Municipal nº 694/2012 e a Lei Federal nº 9.605/1988. O responsável está sujeito a sanções penal e administrativa.