O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira que monitora sete casos suspeitos de um tipo de hepatite aguda infantil de origem até agora desconhecida. Três foram registrados no estado do Paraná e quatro no Rio de Janeiro. Os casos seguem em investigação.
Segundo a pasta, os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) fazem, junto a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh), o monitoramento de casos suspeitos da doença. A pasta orienta aos profissionais de saúde e da rede de vigilância que suspeitas sejam notificadas imediatamente.
No sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a primeira morte relacionada à hepatite infantil, sem informar detalhes. Ainda de acordo com a OMS, pelo menos 17 jovens precisaram de transplante de fígado. Em nota, a entidade descartou qualquer relação da doença, que causa inflamação no fígado, com a vacinação contra a Covid-19.
De acordo com a agência de notícias Reuters, já são cerca de 200 casos da misteriosa doença, mais de metade no Reino Unido. O restante se divide entre 11 países. Na América Latina, além do Brasil, foram reportados casos da hepatite misteriosa na Argentina e no Panamá.
Pesquisadores fazem estudos para verificar se a origem dos casos de hepatite em crianças pode estar ligada ao confinamento devido à pandemia de Covid-19. Para os cientistas, o isolamento dificultou o desenvolvimento do sistema imunológico infantil.