Um percentual estimado de 16% dos brasileiros das classes D/E conseguiram guardar um pouco de dinheiro e investir em produtos financeiros em 2021. Entretanto, com a falta de conhecimento sobre os tipos de investimentos disponíveis a poupança lidera na escolha. Esses dados são da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada desde 2017 pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha.
Entre as pessoas da classe D/E, 82% disseram não conhecer ou não utilizar nenhum produto financeiro, enquanto na classe A/B essa fatia é de 44% e na C, de 67%. A poupança foi o produto financeiro preferido pelos investidores das classes D/E, na preferência de 14% dos investidores desse grupo, seguindo o comportamento das pessoas das outras classes.
Quase um terço dessas pessoas (28%) que investiram fizeram mais de um aporte no ano e 24% ao menos uma vez. Para 41% deles, a vantagem de se fazer aplicações é a segurança financeira ou a possibilidade de conseguir juntar uma reserva.
Os investidores das classes D/E ainda esperam que a modalidade dê um bom retorno (14%) e consideram um ponto positivo poder resgatar a aplicação, sem prejuízo, em caso de necessidade, indicada por 8% das pessoas desse grupo.
O principal objetivo para mais de um terço desses entrevistados (34%) é comprar a casa própria, preferência também apontada entre as classes A/B (28%) e C (28%). Outros 15% querem utilizar o dinheiro poupado como uma reserva de emergência e há uma fatia relevante dessas pessoas (12%) que buscam recursos para empreender, mais do que as das classes A/B (6%) e C (8%).