Com a redução dos óbitos e novos casos confirmados para a Covid-19, clínicas privadas preveem iniciar a comercialização de vacinas contra a doença. Por conta da Lei 14.125/2021, que trata da aquisição de vacinas por pessoas jurídicas de direito privado e estabelece que as empresas privadas só podem adquirir os imunizantes para aplicação gratuita, com doação de 50% ao SUS, a venda pelas empresas se tornou inviável. Com o fim do período de emergência de saúde, a expectativa do setor é iniciar as vendas a partir da segunda quinzena de maio.
O Ministério da Saúde informou que analisa medidas que possibilitem a oferta de vacinas Covid-19, já disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), pela rede de saúde privada. De acordo com a Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVAC), a lei inviabiliza que, atualmente, o ‘setor privado trabalhe nesse âmbito’. O presidente da entidade, Geraldo Barbosa, ressalta, contudo, que a medida vale apenas durante o período de emergência de saúde, que deixa de vigorar em 20 de maio.
Segundo a ABCVAC, quando for autorizada a comercialização do imunizante, cada clínica deve fechar contrato com a Astrazeneca – que por ora é a única que recebeu da Anvisa o registro definitivo da vacina.
No Rio Grande do Sul, o assunto ainda é tratado com cautela pelas clínicas particulares. Em nota, o Laboratório Weinmann informou “que tão logo seja definida pelas autoridades de saúde a disponibilização das vacinas contra a Covid-19 para oferta no setor privado, avaliará a incorporação desse imunizante aos seus serviços’.
A Clínica ProCuidar Vacinas, localizada na avenida Assis Brasil, no Cristo Redentor, informou que não há previsão de receber lotes da vacina. “Não tem nada definido, estamos aguardando ansiosos para ajudar na imunização”, disse a proprietária Tatiane Prates Schwarzbold.
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