Aumento da Selic anunciado pelo Copom divide entidades empresariais

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic de 11,75% ao ano para 12,75% ao ano, em decisão unânime, foi o décimo avanço seguido da taxa básica de juros da economia. Com isso, a Selic atinge o maior patamar em mais de cinco anos. Em janeiro de 2017, a taxa estava em 13% ao ano.

Em uma decisão unânime, o comitê sinalizou uma extensão do ciclo de aperto monetário para a sua próxima reunião “com um ajuste de menor magnitude”. Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, a decisão leva em conta a persistente inflação mas a elevação “não poderia ultrapassar 0,75 ponto percentual”.

“Com a continuidade do conflito do Leste Europeu e os efeitos da política ‘Zero Covid’ na China, vemos um cenário desafiador para as cadeias industriais, ainda em recuperação”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, ressaltando que o crescimento da inflação ocorre não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Para o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a nova taxa confirma o ajuste esperado na dose do amargo remédio para combater a inflação, que segue elevada e persistente, tirando poder de compra das famílias e pressionando custos nas empresas.

“Juros em alta significam crédito mais caro, com as dívidas atreladas à Selic crescendo muito rapidamente (como é o caso do Pronampe), exigindo um esforço de adaptação ainda maior do empresário em um momento em que seguimos somando esforços para continuar a recuperação da crise provocada pela covid-19.”, disse.

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