Após naufrágio do Moskva, Rússia retalia e atinge fábrica em Kiev

Instalação que produzia mísseis antinavio ficou destruída

Embora a Rússia não tenha reconhecido que mísseis ucranianos atingiram, ontem, o maior navio de guerra do país, Moscou bombardeou, nesta sexta-feira, o que descreveu como uma fábrica, em Kiev, que produzia e reparava mísseis antinavio, em uma aparente retaliação.

“O número e a escala de ataques com mísseis a alvos em Kiev aumentarão em resposta a quaisquer ataques terroristas ou atos de sabotagem”, disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.

O Moskva era o maior navio da Rússia na frota do Mar Negro, equipado com mísseis guiados para atacar a costa e abater aviões, e radar para fornecer cobertura de defesa aérea para a frota.

A embarcação afundou após o que Kiev disse ter sido um ataque com mísseis, desferindo um dos golpes mais pesados ​​até agora contra os esforços de guerra de Moscou e fornecendo um símbolo impressionante da resistência ucraniana.

A Rússia não confirmou o ataque, mas disse que o navio afundou enquanto era rebocado em meio a uma tempestade e após um incêndio causado por uma explosão de munição. Moscou disse que mais de 500 marinheiros foram evacuados, mas não houve confirmação independente do destino da tripulação.

A Rússia vinha usando de poder naval para bloquear portos ucranianos e ameaçar um potencial desembarque ao longo da costa. Sem o Moskva, principal base de controle marítimo, a capacidade de ameaçar a Ucrânia pelo mar pode ficar prejudicada.