Caso Flordelis: cinco acusados de envolvimento em morte de pastor serão julgados nesta terça

Ex-deputada acusada de orquestrar morte de Anderson do Carmo será ouvida na próxima sessão no dia 9 de maio

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Cinco dos nove acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, ex-marido da ex-deputada federal Flordelis dos Santos Souza, ocorrida em junho de 2019, serão julgados nesta terça-feira (12) pelo Tribunal do Júri de Niterói, a partir das 9h.

Entre os réus que prestarão depoimento ao júri popular, estão Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, e dois filhos adotivos: André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Francisco da Silva.

Além deles, também serão ouvidos o ex-policial militar Marcos Siqueira Costa e sua esposa, Andrea Santos Maia.

O julgamento de Flordelis, apontada como mandante do assassinato de Anderson, está previsto para acontecer em audiência marcada para o dia 9 de maio. No mesmo dia, também serão ouvidas Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica da pastora, e Marzy Teixeira da Silca, filha adotiva, e Rayane dos Santos Oliveira, neta de Flordelis.

Condenações

Na sessão realizada em 24 de novembro do ano passado, duas pessoas receberam condenações pela morte de Anderson: Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico da ex-deputada, e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo.

Segundo as investigações, Flávio foi o autor dos tiros que mataram o pastor. Ele foi sentenciado a 33 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento idologicamente falso e associação criminosa armada.

Já Lucas foi acusado de ter sido responsável por adquirir a arma utilizada no crime. Ele foi condenado a nove anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.

Morte de Anderson

Anderson do Carmo foi assassinado a tiros em 16 de junho de 2019, na casa onde morava com Flordelis e os 55 filhos do casal em Niterói, na região metropolitana do Rio.

Flordelis foi presa em agosto de 2021, dois dias após ter seu mandato de deputada cassado e perder a imunidade parlamentar. O pai do pastor disse que o crime foi motivado por “maldade e ganância”.

Ela responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, associação criminosa e uso de documento falso.