O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) retirou o apoio à abertura da CPI do Ministério da Educação. Com a desistência, o pedido de investigação volta a ter 26 assinaturas — são necessários 27 nomes para protocolar o requerimento.
A intenção é investigar o suposto esquema de corrupção no MEC. De acordo com denúncias, pastores sem ligação com a pasta pediam propinas para liberar recursos a municípios. O ex-ministro Milton Ribeiro foi exonerado do cargo em meio às suspeitas de que teria atuado para beneficiar indicações dos religiosos.
O governo montou uma “força-tarefa” para impedir que o requerimento seja aceito pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O argumento é que não há um fato determinado, requisito necessário para a criação de uma CPI.
A base governista do Senado diz que as acusações a respeito do caso ainda não foram comprovadas e que no momento são apenas denúncias feitas por prefeitos. A Polícia Federal instaurou dois inquéritos para investigar a participação dos pastores e de Milton Ribeiro, mas ainda não concluiu as apurações.