Greve dos servidores do Banco Central já afeta análise do cenário econômico

Crédito: Getty Images/Blend Images

Nesta sexta-feira, 08, no começo da manhã, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado do IPCA de março, o mercado financeiro terá um norte para traçar suas expectativas macroeconômicas. Isso porque, a greve dos funcionários do Banco Central tem impedido a divulgação de uma série de indicadores, o que impede os analistas de avaliar os riscos que estão à frente como a inflação, a atividade econômica, e o crédito.

A paralisação dos servidores já dura sete dias e, neste período, já impediu que fossem divulgadas três importantes notas do BC: setor externo, crédito e fiscal, além da pesquisa Focus e os dados semanais do fluxo cambial.

Entre as informações necessárias para que os analistas estabeleçam suas expectativas para a economia também estão números sobre a evolução da inadimplência. Indicadores da Serasa, por exemplo, estimam que somos 65 milhões de brasileiros endividados, um número que não era atingido desde maio de 2020, nas primeiras semanas da pandemia de Covid-19, e que somam R$ 263,4 bilhões em dívidas em atraso. O indicador tem uma tendência de crescimento diante do quadro de juros altos e renda comprometida pela inflação. A espera é com o fim da greve.

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