Estado começa intervenção no HPS de Canoas

Piratini atende decisão da Justiça sobre gestão, pelo prazo de até 120 dias

Foto: Fernanda Bassôa / Especial CP

A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, reuniu-se nesta quinta-feira com o prefeito de Canoas, Nedy de Vargas Marques, para apresentar as duas profissionais interventoras – designadas pela Justiça – para o Hospital de Pronto Socorro de Canoas: a médica Eleonora Gehlen Walcher e a gestora financeira Suelen Arduin. A medida atende à decisão da 2ª Vara Cível da Comarca de Canoas, que determinou liminarmente que o Estado assuma imediatamente a gestão do HPSC em substituição ao atual administrador, o Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni). O prazo inicial, de até 120 dias, pode ser prorrogado.

Conforme a decisão da juíza Adriana Rosa Morozini, que atende uma ação movida pelo Ministério Público Estadual, também deve ser mantida a utilização de toda estrutura de recursos humanos e operacionais para o funcionamento do hospital e o atendimento à população. A magistrada determinou ainda o afastamento imediato dos dirigentes do Aceni e a nomeação dos interventores.

A ação civil pública teve origem nas investigações da operação Copa Livre, do MP, que apontou irregularidades na contratação, pela Prefeitura de Canoas, com dispensa de licitação, da organização social que geria o HPSC desde 27 de janeiro.

A Prefeitura de Canoas informou nesta quinta-feira que vai colaborar com a comissão interventora e manter o aporte financeiro para o pagamento dos colaboradores, fornecedores e de todos os insumos hospitalares. O HPSC é referência, hoje, para cerca de 150 cidades gaúchas.

Em nota, a direção do Instituto Aceni informou estar ciente da liminar judicial e totalmente à disposição das interventoras nomeadas pelo governo estadual.