José Mauro Ferreira Coelho é o novo indicado a presidir a Petrobras

Atualmente, químico industrial ocupa a presidência do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O Ministério de Minas e Energia divulgou, no início da noite desta terça-feira, que o químico José Mauro Ferreira Coelho, atual presidente do conselho de administração do Pré-Sal Petróleo (Empresa Brasileira de Administração e Petróleo e Gás Natural) e ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Pasta, é o novo indicado à presidência da Petrobras. Para assumir a presidência do conselho da empresa, o Ministério sugere o nome do atual conselheiro Marcio Andrade Weber.

Coelho é ex-oficial de Artilharia do Exército Brasileiro. Ele é graduado em Química Industrial pelas Faculdades Reunidas Professor Nuno Lisboa, especialista em Ciências dos Materiais pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), mestre em Engenharia dos Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e doutor em Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

As indicações devem ser confirmadas pela assembleia geral ordinária da Petrobras, marcada para 13 de abril. Nesta semana, desistiram das indicações aos cargos Adriano Pires, sugerido para ocupar a presidência da estatal, e Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, que declinou da indicação para presidir o conselho de administração.

O nome escolhido pelo governo, se aprovado pelo conselho, vai suceder o general Joaquim Silva e Luna, demitido no fim de março. Após a decisão, o general defendeu a gestão e as decisões adotadas pela estatal, alvo de críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses dos aumentos dos combustíveis ao consumidor.

A política de preços adotada pela Petrobras, de paridade com o mercado internacional, leva em consideração o mercado financeiro com a variação do dólar, somada ao preço do barril de petróleo.

Essa política de preços, que levou a aumentos recentes no preço dos combustíveis, e a demora em reduzir os valores diante da baixa do dólar, geraram desgaste ao governo em ano eleitoral, levando o presidente Jair Bolsonaro a trocar, mais uma vez, o presidente da estatal.