A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (5), uma operação de combate a uma quadrilha especializada em sequestros-relâmpago em Porto Alegre. A força-tarefa, que recebeu o nome de “Pix”, tem cinco alvos – sendo que, destes, dois foram presos até as 7h. Os criminosos têm base na zona Sul de Porto Alegre.
Segundo a investigação, o grupo fez seis vítimas neste ano. A forma de atuação era bem clara: os indivíduos percorriam as ruas da Capital em busca de carros de alto padrão, abordavam os motoristas e concretizavam o sequestro. Durante o cárcere, os condutores eram coagidos a fazer transferências via Pix e saques beneficiando os indivíduos.
Depois, as vítimas eram liberadas na Vila Cruzeiro. A suspeita da Delegacia de Repressão aos Crimes de Roubo de Veículos (DRV) é de que parte dos alvos esteja envolvida, também, com homicídios. Ainda não há relação comprovada com a violência decorrente da disputa entre facções, que deixou 14 mortos nos últimos 20 dias em Porto Alegre.
A suspeita da polícia é de que mais pessoas tenham sido vítimas dos sequestros. Por isso, os mandados de prisão temporária têm como objetivo facilitar que os suspeitos estejam à disposição das autoridades caso mais pessoas precisem reconhecê-los. Os suspeitos vão ficar atrás das grades por, pelo menos, 30 dias.
A Operação Pix mobilizou cerca de 60 agentes da Polícia Civil, além de homens e mulheres da Brigada Militar. As guarnições percorreram as ruas dos bairros Cristal, Higienópolis, Aparício Borges, Jardim Botânico e a região da Ilha das Flores.
