Eduardo Leite (PSDB) renunciou ao cargo de governador do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira. No comunicado, feito em vídeo apresentado a apoiadores e familiares do tucano, antes de uma entrevista coletiva no Palácio Piratini, ele fala em “renunciar ao poder para não renunciar à política”. A saída do cargo ocorre na quinta-feira.
Leite também avalia a decisão como “ponderada” e “demorada”. Quem assume o Executivo gaúcho, pelos próximos nove meses, é o hoje vice-governador, Ranolfo Vieira Jr. (PSDB).
Durante o discurso, Eduardo Leite também confirmou que vai seguir na atual agremiação. “Eu fico com meu partido porque o PSDB é importante na minha vida”, disse. Agora, sem ocupar o cargo de governador, Leite quer “liberdade e disponibilidade para se movimentar no campo político”.
“A renúncia me abre muitas possibilidades e não me retira nenhuma”
A renúncia marca mais um passo do político rumo à tentativa de disputar as eleições. Em novembro do ano passado, Leite perdeu as prévias do partido para João Doria, governador de São Paulo, em decisão apertada. Hoje, durante coletiva à imprensa, Leite afirmou que conversou com Doria por telefone momentos antes do anúncio da renúncia. Segundo ele, os dois “estão alinhados” em propostas para o país.
“A renúncia me abre muitas possibilidades e não me retira nenhuma. A lei eleitoral exige que estejamos fora de um cargo executivo”, respondeu Leite ao ser questionado sobre as aspirações políticas a partir de agora. “Eu tenho disposição, mas não quero isso a qualquer custo. Tenho uma história dentro do partido. São 20 anos de filiação”, destacou.
Desde então, nos últimos meses, Leite acenou para uma possível troca de partido, migrando para o PSD, o que não se concretizou. Dois dias após Leite ter participado de ato do PSD, lideranças do PSDB divulgaram carta pedindo para que permanecer na sigla. O governador respondeu positivamente.