Com alta dos juros, rendimento da poupança passa a ser negativo no ano

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Com o aumento de um ponto percentual na taxa básica Selic, de 10,75% para 11,75% ao ano, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pela nona vez consecutiva, as aplicações como Tesouro Selic e fundos DI, por exemplo, terão um rendimento nominal maior.

Já a poupança vai continuar entregando ao aplicador praticamente o mesmo rendimento fixo, de 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial, um indicador do mercado financeiro), conforme a fórmula que passou a valer após a Selic superar os 8,5%. A pequena diferença será permitida exatamente pela TR.

A alta pressiona o rendimento real já descontada a inflação medida pelo IPCA. A poupança, por exemplo, passou a ter um rendimento negativo de 0,26% ao ano. O Tesouro Selic caiu para 2,70% e o CDB, 4,01%, em bancos médios.

Provavelmente por isso, a caderneta de poupança fechou janeiro de 2022 com a maior retirada de recursos em um único mês da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. Naquele mês, os saques superaram os depósitos em R$ 19,666 bilhões, chegando ao recorde negativo anterior que era do primeiro mês de 2021 (R$ 18,154 bilhões).