O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elevou nesta quinta-feira o tom contra Vladimir Putin, ao descrever o mandatário russo como um “ditador assassino” que autorizou ataques “desumanos” contra a Ucrânia.
Biden usou essas palavras um dia depois de tachar Putin como “criminoso de guerra” em razão das táticas da Rússia na invasão da Ucrânia, declaração que o Kremlin considerou “inaceitável e imperdoável”.
“[Putin é] um ditador assassino, um puro bandido que está travando uma guerra imoral contra o povo da Ucrânia”, afirmou Biden durante um almoço no Congresso por ocasião do Dia de São Patrício, o santo padroeiro da Irlanda.
No início do dia, Biden também condenou diretamente o presidente russo durante uma reunião virtual com o primeiro-ministro irlandês Micheál Martin, no Salão Oval. “A brutalidade de Putin e o que as suas tropas fazem na Ucrânia são algo simplesmente desumano”, disse o presidente dos EUA.
Nesta quarta-feira, Biden descreveu Putin pela primeira vez como um “criminoso de guerra”, algo que a a porta-voz, Jen Psaki, atribuiu às “ações bárbaras” da Rússia durante a invasão da Ucrânia.
Psaki disse que o Departamento de Estado ainda não tinha feito uma declaração formal acusando a Rússia de cometer crimes de guerra, e que a revisão “legal” da questão seguia “em curso”.
Os EUA disseram no início deste mês estar “documentando” os ataques russos na Ucrânia e o impacto deles sobre a população civil para garantir que a Rússia seja “responsabilizada” se ficar comprovado que cometeu crimes de guerra.
O procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, frisou que os ataques a civis na Ucrânia são “um crime” que o gabinete dele pode investigar.