Inflação das famílias de renda muito baixa sobe para 10,9% em 12 meses

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A inflação apresentou alta em todas as classes de renda em fevereiro, cuja taxa avançou de 0,34% em janeiro, para 1,07% em fevereiro. Os dados são do Indicador Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), de Inflação por Faixa de Renda. Para as famílias de renda muito baixa, a alta observada foi de 1,0%, em fevereiro, elevando para 10,9% a taxa de inflação acumulada em 12 meses, bem acima da registrada pela classe de renda alta (9,7%).

Enquanto a alta do grupo alimentação e bebidas foi o principal ponto de pressão para os segmentos de renda mais baixa, os reajustes do grupo educação impactaram as famílias de renda mais elevada. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as faixas de renda média e média-alta apontaram estabilidade.

Nos últimos doze meses, para as famílias de renda mais baixa, a maior pressão inflacionária aconteceu no grupo habitação, impactado pelos reajustes de 28,1% das tarifas de energia elétrica e de 27,6% do gás de botijão. Já para o segmento de renda mais alta, o foco está no grupo transportes, refletindo os aumentos de 32,6% da gasolina, de 36,2% do etanol e de 27,7% do transporte por aplicativo.

Já no comportamento dos alimentos no domicílio, em especial os reajustes de 8,6% das carnes, de 19,6% de aves e ovos, de 43,8% do açúcar e de 61,2% do café, também provocaram impactos altistas significativos sobre a inflação no período, sobretudo para as camadas de renda mais baixa.​