Leite: Agergs deve punir CEEE Equatorial caso serviços não tenham qualidade

Para o governador, cenário de reclamações e transtornos "não tira o mérito e o acerto" da privatização

Foto: Alina Souza/Correio do Povo

O governador Eduardo Leite, que cumpre missão governamental nos Estados Unidos, manifestou-se nesta quarta-feira sobre as muitas reclamações no Rio Grande do Sul sobre a qualidade dos serviços prestados pela CEEE Grupo Equatorial, nesses últimos dias. “É importante dizer que a CEEE não era dona da energia elétrica, mas uma concessionária. É uma concessionária de serviço público de interesse público, que é a energia elétrica. Ela continua sendo a operadora de um serviço público submetida à regulação. Então, naturalmente, as agências de regulação precisam entrar em campo nesse momento”, enfatizou.

Segundo ele, cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e à Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) verificarem a situação. “O governo já está fazendo essa provocação para que a Agergs acompanhe aquilo que esteja fora do contexto admissível da prestação de serviço dentro do que aconteceu nas condições climáticas. A concessionária tem um tempo para a resposta. Se esses prazos não estão sendo atendidos, ela será punida por isso, como a CEEE também era punida”, advertiu.

Leite ainda afirmou que, apesar dos últimos transtornos de falta de energia em decorrência das oscilações climáticas, isso “não tira o mérito e o acerto que foi conduzir a privatização da companhia”. “A CEEE não conseguia prestar o serviço como uma empresa pública de forma satisfatória e se encaminhava para perder a concessão. O Estado ficaria com o passivo da companhia, sem ter a receita, porque teria uma empresa que deixaria de prestar o serviço. O que teria acontecido era a cassação da concessão. A Aneel já tinha aberto o prazo, teria feito uma nova licitação e uma nova empresa teria assumido”, enfatizou.

Leite ainda afirmou que, com a privatização, conseguiu livrar os cofres públicos do passivo da CEEE. “Não completou um ano que a empresa foi vendida à iniciativa privada, temos a expectativa de que paulatinamente os serviços vão melhorando”, ressaltou.