Defasagem interna no preço dos combustíveis preocupa importadores

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A política de paridade da Petrobras em relação ao preço dos combustíveis no mercado interno com o mercado internacional, acentuou a uma defasagem preocupante no preço da gasolina e do diesel praticado nas bombas dos postos de combustíveis. Segundo a consultoria Stonex, a Petrobras está vendendo o litro do diesel S-10 com uma defasagem de 27%, o equivalente a R$ 0,99 o litro, em relação ao preço de paridade de importação (PPI). Já no caso da gasolina, a diferença dos preços é de 24%, o equivalente a R$ 0,78 o litro.

A estatal está há quase 50 dias sem mexer nos preços dos combustíveis nas refinarias. No mercado internacional, o barril do tipo Brent, referência global, se aproximou dos US$ 110.

Os dados foram referendados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que reclama que a Petrobras está segurando reajustes necessários, e as oportunidades para as tradings privadas estão fechadas no Brasil.

A entidade estima que a defasagem da petroleira em relação ao PPI chegou, nesta quarta-feira, aos R$ 0,83 no litro da gasolina e a R$ 1,02 no litro do diesel, segundo dados parciais, e um nível que não era visto há cerca de dez anos.

No campo político, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a valorização do petróleo remete à necessidade de medidas para conter a elevação dos preços para o consumidor. Pacheco anunciou que os dois projetos de lei que tratam de propostas nesse sentido entrarão na pauta na semana que vem.