Pesquisa revela que compradores de imóveis preferem investir em usados

Imóveis em SP. Foto: Dalia Bastos / USP Imagens / CP

O número de consumidores que assumiram ter comprado imóvel no 4º trimestre de 2021 apresentou um declínio entre o 3º trimestre e o 4º trimestre de 2021, representando 13% na amostra da pesquisa Raio-X FipeZAP+, comparado com o mesmo período de 2020. O levantamento ouviu 2.360 respondentes, entre os dias 19 janeiro e 10 de fevereiro de 2022, envolvendo compradores e investidores.

Em relação ao tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados prevaleceu (66%) em relação a imóveis novos. Entre os objetivos, quem citou “moradia” recuou de 65% para 58% da amostra, em contraste ao avanço no objetivo “investimento” (de 35% para 42%). Considerando aqueles que citaram o objetivo “moradia”, a opção “morar com alguém” foi mencionada por 67% dos compradores, ao passo que, entre aqueles classificados como investidores, prevaleceu a intenção de alugar o imóvel no mercado (66%).

COMPRA DE IMÓVEL

A proporção de quem declarou intenção de adquirir imóveis nos próximos três meses permaneceu praticamente estável entre o 3º trimestre e o 4º trimestre de 2021 (43%), patamar inferior ao registrado ao final de 2020 (47%). Entre aqueles que declararam intenção de adquirir imóveis, a maior parte dos respondentes declarou indiferença entre novos ou usados (49%) ou preferência estrita por imóveis usados (42%).

Já em termos de objetivo, a maior parte dos compradores potenciais destacou a intenção de utilizar o imóvel pretendido para “moradia” (89%), superando o objetivo “investimento” (11%).

Com relação à percepção em relação aos preços atuais, a pesquisa identificou que aqueles que classificavam os valores como “altos ou muito altos” avançou ao longo dos últimos anos, passando de 60%, no 4º trimestre de 2018, para 72%, no 4º trimestre de 2021 – o maior patamar apurado no último trimestre de cada ano no horizonte temporal coberto pela pesquisa.

Em paralelo, o percentual de respondentes que creditam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” recuou de 25% para 19% no mesmo intervalo. Como resultado desse novo quadro, a percepção de que os preços estavam em “em um nível razoável” e níveis “baixos ou muito baixos” declinou no mesmo período, respondendo por 19% e 4% dos respondentes no último trimestre de 2021, respectivamente.