Mulher é presa em Viamão por suspeita de mandar matar marido para receber seguro de vida

Alex Fabiano Bueno Maciel, 48 anos, foi assassinado em junho de 2021

Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil deflagrou a Operação Viúva Negra, em Viamão, na manhã desta quinta-feira. Foi presa, no bairro Planalto, a companheira de um homem morto em junho do ano passado. O cenário que teria sido forjado para parecer um crime de latrocínio, se trataria de um homicídio premeditado. A mulher, de 41 anos, e o filho, teriam recrutado matadores para assassinar Alex Fabiano Bueno Maciel, 48 anos, e poder receber o seguro de vida.

Em 14 de junho de 2021, dois homens invadiram residência onde o casal vivia. Inicialmente, ela facilitaria a entrada e a saída dos executores da residência. Conforme o que teria sido previamente combinado, a porta ficou aberta e o controle remoto do portão sobre a mesa para a fuga.

Quando os criminosos entraram no pátio da casa, Maciel ouviu o barulho, se levantou e correu para a porta. Ao perceber que estava aberta, a fechou, fazendo com que os assassinos a arrombassem. Após o crime, os homens levaram alguns bens da residência, a fim de obter lucro e simular um latrocínio.

Foram sete meses de investigações, com interceptação telefônica, quebras de sigilos e outras medidas cautelares, todas autorizadas pelo Poder Judiciário. Durante o procedimento, foi apurada a participação de cada um dos indiciados. Os detalhes foram revelados por um dos matadores no momento de sua prisão, que ocorreu na semana passada. O enteado de Maciel já está preso por tráfico de drogas e receptação. Desavença entre ele e o padrasto teriam potencializado as motivações do crime.

O suspeito de fazer a interlocução na negociação entre a família e os executores também está preso por outro delito. O outro matador foi morto em um assalto a posto de combustíveis no segundo semestre do ano passado.

A operação conta com o cumprimento de quatro mandados de prisões preventivas e um mandado de busca expedidos pela 1ª Vara criminal e do Júri da Comarca de Viamão. A ação foi liderada pela delegada Caroline Barbosa Jacobs, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Viamão, e recebeu o nome de “Viúva Negra”, em uma analogia à aranha conhecida por matar o companheiro.