Pessoas com esquema vacinal incompleto contra Covid correm risco 16 vezes maior de internação em UTIs

Estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre também apontou que chance de hospitalização em leitos clínicos também é maior entre quem não se imunizou por completo

Segundo o Conass, a taxa de letalidade do coronavírus no Brasil é de 2,3% |Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

As pessoas com o esquema vacinal incompleto contra o coronavírus correm um risco de 16,4 vezes maior de serem internadas em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) do que aqueles imunizados completamente. O dado integra um estudo realizado pela Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, divulgado nesta quinta-feira.

A análise considerou a internação de 121 pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que testaram positivo para a Covid-19, das quais 49 necessitaram de UTI, entre 5 de dezembro de 2021 e 15 de janeiro deste ano. Desse total, 28 eram pessoas que não tinham nenhuma dose ou o esquema incompleto e precisaram de leito de alta complexidade.

O estudo também revelou que o risco de internação em leito clínico de uma pessoa com esquema vacinal incompleto contra enfermidade é 11,6 vezes maior do que o de uma pessoa completamente imunizada.

“É importante que especialmente as pessoas com comorbidades procurem manter-se com esquema vacinal completo. Além disso, reforçamos a importância do distanciamento – que as pessoas evitem promover ou participar de festas e aglomerações – do uso adequado de boas máscaras e da higienização das mãos frequente com água e sabão ou álcool 70%”, enfatiza o diretor da Vigilância em Saúde municipal, Fernando Ritter.

Dados relevantes apresentados no estudo apontaram ainda que 84% dos casos (102) envolviam pessoas com alguma comorbidade ou fator de risco, enquanto os pacientes idosos (70) equivaliam a 58%.