Robinho é condenado em última instância por estupro na Itália

Atacante recebeu pena de nove anos atrás das grades. Porém, Brasil veta a extradição de cidadãos nascidos no país

Foto: Santos FC / Divulgação / CP

A Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, determinou nesta quarta-feira, que o atacante Robinho, ex-Santos e Seleção Brasileira, está condenado a nove anos de prisão por violência sexual de grupo cometida contra uma mulher albanesa na boate chamada Sio Café, em Milão, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. O amigo dele, Ricardo Falco, recebeu a mesma sentença.

Sem a presença do jogador, que sequer viajou para a Itália, a audiência que analisou o recurso apresentado pela defesa dele durou apenas meia hora. Durante a curta sessão, apenas um dos advogados de defesa, Franco Moretti, realizou a sustentação oral. Ele afirmou que a relação entre a mulher e Robinho havia sido consensual, tentou trazer à audiência pontos sobre a conduta da vítima e citou um dossiê da vida privada da mulher, rechaçado no julgamento em segunda instância. Após a decisão, não há mais possibilidade de recurso.

A vítima, que completa 32 anos nesta sexta-feira, acompanhou a audiência. Ela disse que não queria comparecer ao tribunal, mas o advogado a convenceu.

Tanto Robinho como Ricardo Falco foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala da participação de duas ou mais pessoas reunidas para ato de violência sexual – forçando alguém a manter relações sexuais em uma condição de inferioridade “física ou psíquica”.

Ao ser interrogado, em abril de 2014, o atacante negou a acusação. Em áudio captado pela justiça italiana, ele admitiu que manteve relação sexual com a vítima, mas disse que se tratou de uma relação consensual de sexo oral, que não envolveu outras pessoas. No caso de Ricardo Falco, a perícia realizada por determinação da Justiça identificou a presença de sêmen dele nas roupas da jovem.

Com a condenação confirmada em última instância, a justiça italiana pode pedir a extradição do jogador, mas a Constituição de 1988 veta a extradição de brasileiros nascidos no país.

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