Procuradora-geral de NY vê indícios de fraude em negócios da família Trump

Provas sugerem que família Trump valorizou ativos de forma fraudulenta

Foto: Reprodução/ Twitter/Casa Branca

A procuradoria-geral de Nova York, nos Estados Unidos, encontrou provas que sugerem que a família Trump valorizou diversos ativos, de forma fraudulenta, a fim de obter ganho financeiro, publicou hoje a Agência France Presse (AFP). Um extenso documento judicial, divulgado na noite dessa terça-feira, mostra que, como beneficiário final, o ex-presidente Donald Trump “tinha a máxima autoridade sobre uma série de condutas da Organização Trump, que envolviam declarações erradas às contrapartes, incluídas as instituições financeiras e o Serviço de Impostos Internos” do governo norte-americano.

No fim de dezembro e início de janeiro, a procuradora-geral intimou o ex-presidente para prestar depoimento sob juramento, e também os filhos dele, Donald Jr. e Ivanka. A família Trump, no entanto, não respondeu às intimações e recorreu a todo tipo de subterfúgio para evitar os depoimentos e a atrasar as investigações.

Os Trump insistem na tese de que há motivações políticas no processo, classificado como “ameaça contra a democracia”. Uma porta-voz do ex-presidente, Liz Harrington, disse nesta quarta-feira, no Twitter, que não há fundamento nas acusações. Já uma das advogadas a família refutou, em nota enviada à AFP, as “provas tangíveis” mencionadas pela procuradora.

Eric, filho de Trump e vice-presidente executivo da Organização Trump, chegou a ser interrogado pela procuradoria de James sobre o caso em outubro de 2020. A Organização Trump também está sendo investigada pela procuradoria distrital de Manhattan por possíveis delitos financeiros e fraude na área de seguros.

Em julho do ano passado, a Organização Trump e o diretor de finanças, Allen Weisselberg, se declararam inocentes em uma investigação sobre 15 delitos graves de fraude e evasão de impostos, em um julgamento previsto para este ano.

A procuradora-geral de Nova York disse que “os Trump devem cumprir com nossas citações legais para apresentar documentos e depoimentos porque ninguém neste país pode escolher se a lei se aplica a eles e como se aplica. Não seremos dissuadidos em nossos esforços para continuar esta investigação e assegurar que ninguém esteja acima da lei”, destacou.

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