Em evento sobre agronegócio, Bolsonaro exalta combate ao MST

De acordo com o presidente, governo parou de dar dinheiro público para "ONGs que financiavam" o movimento

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira, que o governo inviabilizou o funcionamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde que ele assumiu o Palácio do Planalto, em 2019.

“Todos devem se lembrar que tínhamos algumas dificuldades no passado. Por exemplo, a atuação do MST. Nós anulamos as ações do MST. Tiramos dinheiro público que ia para ONGs que financiavam o MST”, salientou Bolsonaro, ao participar de um evento sobre agronegócio, promovido pelo Banco do Brasil.

O presidente ainda ressaltou que entregou mais títulos de terra do que governos anteriores. Além disso, Bolsonaro comemorou a redução no número de multas aplicadas pela exploração indevida do meio ambiente pelo agronegócio.

“Paramos de ter grandes problemas com a questão ambiental, em especial no tocante à multa. Tem que existir? Tem. Mas conversamos e nós reduzimos em mais de 80% as multagens no campo”, frisou. “Obviamente, quem vai fazer uma inspeção no campo, tudo bem, é um direito, apurar uma denúncia. Mas, no primeiro momento, é advertir, é dialogar. E, no segundo momento, a multa”, completou.

Marco temporal

Durante o discurso, Bolsonaro criticou a possibilidade de mais terras indígenas serem demarcadas caso o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleça um novo marco temporal. O presidente pediu que o Supremo não mude o atual entendimento, que estabelece que a demarcação das terras só possa ser reivindicada por comunidades indígenas que ocuparam essas áreas antes da data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

“Trabalhamos contra um possível novo marco temporal junto ao STF. O placar está empatado em 1 a 1, mas [caso] esse novo marco, porventura, venha a ser aprovado, com toda certeza teremos, por força de lei, novas áreas [indígenas] equivalentes ao tamanho da região Sul.”

R$ 1,5 bi para o agronegócio

O evento que Bolsonaro participou marcou o lançamento da terceira etapa do Circuito de Negócios Agro do Banco do Brasil, iniciativa que visa potencializar negócios e reforçar a presença do banco junto ao segmento rural. A expectativa é que o Circuito gere negócios da ordem de R$ 1,5 bilhão.

O Circuito prevê a divulgação de produtos, serviços e inovações tecnológicas ao setor, além de levar assessoria aos produtores. Três carretas adaptadas para atuar como agências móveis do Banco do Brasil percorrerão 60 mil quilômetros, entre janeiro e dezembro de 2022, visitando as principais praças do agronegócio no país e fomentando a geração de negócios para o setor.

Também estiveram presentes na cerimônia o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, bem como parlamentares e lideranças do agronegócio.

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