Bolsonaro defende autotestes para interromper transmissão da Covid

Pelas redes sociais, o presidente falou do "Plano Nacional de Expansão da Testagem" e disse ter enviado informações à Anvisa

Foto: Alan Santos / PR / Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais, neste domingo (16), para defender a implementação dos autotestes para detectar a Covid-19 no Brasil. “O uso do autoteste pode garantir o início mais rápido das ações para interromper a cadeia de transmissão”, escreveu, depois de anunciar ter encaminhado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informações sobre a medida no âmbito do que chamou do “Plano Nacional de Expansão da Testagem”.

Segundo o presidente, o governo federal pretende possibilitar que os exames sejam disponibilizados em farmácias, drogarias e outros estabelecimentos de saúde para que os cidadão interessados em comprar o produto tenham acesso e consigam realizar o diagnóstico em casa. Atualmente, a detecção da Covid-19 precisa ser feita em ambiente controlado, como em unidades de saúde básicas, postos volantes, farmácias, clínicas, laboratórios e hospitais.

Para que a autotestagem seja liberada para o cidadão comum, é necessária a autorização da Anvisa. As conversas entre a reguladora e o Ministério da Saúde se intensificaram na última semana, quando a pasta encaminhou uma nota técnica formalizando o pedido. A solicitação oficial ocorre após a busca por exames ter disparado diante da disseminação da variante Ômicron.

“A autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscara e o distanciamento social. Os autotestes podem ser realizados em casa ou em qualquer lugar, são fáceis de usar e produzem resultados rápidos”, diz a nota.

A demanda também parte de prefeitos e gestores de saúde locais, que defendem a medida como estratégia para agilizar o diagnóstico e contribuir para a testagem em massa. A Anvisa, por outro lado, alerta para a necessidade da elaboração de uma política pública de saúde a fim de viabilizar a implementação da autotestagem no país.

Segundo a agência, o governo federal precisa viabilizar as informações para que o usuário leigo consiga administrar o exame.  Além disso, os sistemas de saúde devem estar preparados para receber os resultados positivos vindos dos usuários e assegurar a notificação compulsória, já que a Covid-19 é uma doença que exige a inserção de dados no sistema nacional, a fim de permitir as ações de controle da disseminação do vírus.

A autotestagem já é permitida em países europeus e nos Estados Unidos e, no Brasil, serviria como uma medida para diminuir a pressão sobre as unidades de saúde, como defendeu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Por outro lado, não há previsão de que os testes sejam distribuídos nas farmácias de graça.

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