Azeites gaúchos passam a contar com selo exclusivo de qualidade e origem

Decisão atende um pedido do Ibraoliva e deve oferecer mais reconhecimento para os produtores e segurança aos consumidores

A partir de agora os azeites extravirgens gaúchos serão reconhecidos por um selo de Produto Premium, confirmando sua qualidade e origem. Para tal, as iguarias produzidas no RS deverão atender uma série de critérios norteadores definidos por um grupo de especialistas.

O novo selo, que atende uma solicitação do Instituto Brasileiro de Olivicultira (Ibraoliva), é um reconhecimento do programa Produtos Premium, coordenado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT/RS) em conjunto com as secretarias da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMAI), do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). A resolução foi publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira dia 13.

A exemplo do que irá ocorrer com a carne bovina, a iniciativa visa a distinguir e valorizar a qualidade dos azeites de oliva extravirgem produzidos no Rio Grande do Sul, um setor recente em franca expansão que vem ganhando destaque no cenário nacional. Através do selo, o consumidor será informado visualmente que este produto atende aos requisitos estabelecidos no regulamento.

O programa Produtos Premium atua nos diversos setores produtivos, evidenciando, incentivando e valorizando os produtos premium produzidos no Estado. O objetivo é estimular e sensibilizar empreendedores sobre a importância estratégica da agregação de valor aos produtos como uma alternativa de diferenciação em relação à competição por preço e qualidade, centrada, normalmente, na redução de custos e na produção em grande escala.
Para obter o Reconhecimento Ibraoliva Produto Premium RS será necessário que os produtores atendam exigências, tais como:
– todo o azeite extravirgem, obrigatoriamente, deverá ser de azeitonas produzidas e colhidas no Rio Grande do Sul, e processadas em lagares licenciados no estado, constando origem, safra e validade do produto
– as propriedades também deverão atender a legislação vigente no que se refere às questões ambientais, de produção, sanitárias, fiscais, de identidade e qualidade de produto.
– os azeites serão avaliados por um grupo de especialistas, formado por representantes das secretarias que compõem o Comitê Gestor, equipe do Programa Produtos Premium, e três representantes indicados pelo Ibraoliva.
Sobre o regulamento

Para receber o selo “Ibraoliva Produto Premium RS”, destinado a azeites de oliva extravirgem produzidos no Rio Grande do Sul, o produtor, cuja marca precisa ser associada ao Ibraoliva, deve encaminhar a documentação solicitada no regulamento – incluindo os anexos I e II, o laudo de análise físico-química e o resultado de painel sensorial do Ibraoliva – para o e-mail oliva-premium@sict.rs.gov.br. Essa documentação será analisada pelo grupo avaliador, que informará sobre a sua decisão. O reconhecimento se aplica somente à safra vigente e deve ser solicitado novamente para novas safras.

Para o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, o reconhecimento concedido pelo Programa Premium a produtos que atendem os critérios do regulamento estabelecido traz benefícios para o produtor e segurança ao consumidor.
“O Selo do Ibraoliva além de ser uma garantia de qualidade para o consumidor e produtor é também um selo contra a falsificação de azeites de oliva no Brasil, pois esses produtos serão submetidos ao grupo avaliador extremamente competente e profissional onde todos os critérios serão avaliados”, afirma.
Com o lançamento do selo, serão adotados critérios mais rígidos de definição para o azeite de oliva extravirgem do que os propostos pelas normas vigentes. As regras foram definidas pelo Grupo de Trabalho e, assim, foi construído o regulamento para o uso da marca distintiva.

O azeite de oliva é o segundo produto mais fraudado do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Com base nesta realidade, o setor das oliveiras solicitou apoio para estipular critérios visando à proteção da origem e da qualidade dos azeites extravirgem gaúchos.

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