Capital registra aumento de infestação do Aedes aegypti em 30 bairros

Monitoramento é feito em 910 armadilhas instaladas em locais considerados vulneráveis para dengue

Foto: Cristine Rochol/PMPA

O monitoramento do Aedes aegypti realizado pela Prefeitura de Porto Alegre indica que o índice médio de infestação de fêmeas adultas (IMFA) do inseto vetor da dengue, zika e chikungunya, alcançou o nível mais elevado das últimas semanas. O resultado exige maior atenção para a eliminação de focos de água parada em residências, comércios e áreas públicas.

Segundo a prefeitura, 30 bairros apresentaram maior infestação de mosquitos. São eles: Aparício Borges, Azenha, Cidade baixa, Gloria, Jardim Botânico, Jardim Carvalho, Mario Quintana, Medianeira, Menino Deus, Parque Santa Fé, Partenon, Passo d’Areia, Passo das Pedras, Petrópolis, Santa Tereza, Santana, Santo Antonio, São José, Sarandi, Teresópolis, Vila Ipiranga, Vila Jardim, Vila João Pessoa, Camaquã, São Sebastião, Jardim Lindoia, Jardim Europa, Santa Rosa de Lima, Mont’ Serrat e Bela Vista.

O índice é obtido semanalmente a partir do monitoramento de 910 armadilhas para captura do mosquito adulto em bairros da cidade considerados vulneráveis para dengue, de acordo com diretriz do Ministério da Saúde e a partir do histórico dos casos de dengue, zika e chikungunya confirmados na cidade.

Como as temperaturas estão mais elevadas e com período de férias e de viagens, é importante incrementar as medidas de controle do vetor, dentre elas verificação e eliminação de água parada em pátios, calhas, ralos, além de descarte de resíduos inservíveis, entre outras – antes da viagem após o retorno à cidade. “Essencial ter olhos atentos para qualquer objeto que possa acumular água neste momento, pois uma limpeza correta resulta na retirada de ovos do mosquito nos recipientes”, destaca o diretor da Vigilância em Saúde, Fernando Ritter.

Pessoas que viajarem nas férias para locais com confirmação de dengue, chikungunya ou zika devem adotar medidas de proteção individual, como uso de repelentes, incluindo as gestantes. No retorno a Porto Alegre, em caso de presença de sintomas de qualquer dessas doenças, a indicação é buscas atendimento médico o mais rápido possível, com referência à viagem para local com transmissão viral no momento do atendimento.

No final de dezembro, a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis e o Núcleo de vigilância de Roedores e Vetores da Secretaria Municipal de Saúde emitiram Alerta Epidemiológico a serviços de saúde enfatizando a importância de suspeita das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em atendimentos médicos.

Sintomas e quadro clínico compatível com as doenças:

Dengue: caso suspeito – febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos duas das seguintes manifestações: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos, prova do laço positiva ou baixa contagem de leucócitos (comprovado em exame de sangue, em análise laboratorial).

Chikungunya: caso suspeito – fase aguda – paciente com febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de dor nas articulações ou artrite intensas de início súbito e não explicadas por outras condições. Pode estar associado à dor de cabeça, dor muscular e erupções na pele. Considerar história de deslocamento nos últimos 15 dias para áreas com transmissão de Chikungunya.

Zika: pacientes que apresentem exantema maculopapular pruriginoso (erupção aguda e generalizada), acompanhado de pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre baixa ou inaparente, hiperemia conjuntival sem secreção e prurido, poliartralgia, edema periarticular.