Criminoso procurado por ataque a carro-forte em Guaíba pode ter morrido afogado

Buscas estão mantidas, já que pelo menos uma pessoa segue escondida na região

Guarnições monitoram o rio Jacuí usando quatro embarcações e um helicóptero. Foto: Brigada Militar/Divulgação

A Brigada Militar encontrou morto, na manhã desta quinta-feira (30), um dos dois homens procurados pelo ataque ao carro-forte em Guaíba, registrado ontem. O corpo estava às margens das águas do Lago Guaíba, e não é descartada a hipótese de que o homem tenha se afogado ao tentar escapar do certo montado na Ilha do Pavão.

As buscas estão mantidas, já que pelo menos uma pessoa segue escondida na região. Além da força-tarefa do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), em terra, guarnições monitoram o rio Jacuí em embarcações. Este recurso possibilitou que policiais localizassem uma trilha, indicando o possível caminho percorrido pelos suspeitos

No local, foram encontrados um carregador de fuzil e um item usado para o transporte do armamento. Segundo o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli, um equipamento que detecta calor e movimento – chamado de imageador térmico – também está sendo empregado no cerco.

“É uma área de mata muito densa. Dentro da técnica, não há como fazer uma progressão rápida, com o rastreamento necessário, em uma situação como essa. As buscas impõem um desgaste muito grande em razão do calor e, ontem à noite, em razão do vento, também muito frio”, relata o oficial.

Pelo menos seis homens estão envolvidos no ataque ao carro-forte, de onde foram levados R$ 3,3 milhões. Dois foram presos no início da tarde de ontem, e outros dois acabaram mortos em confronto com a Brigada Militar. O alvo dos criminosos era um veículo que abasteceria os caixas eletrônicos de um supermercado.

“Nós estamos revezando os efetivos, o que nos dá uma vantagem em relação os suspeitos. A ideia dessa estratégia, que usamos com frequência, é inverter o medo. Eles impuseram o medo à população no momento da investiga; agora, quando ficam cercados na mata, eles têm que ter medo, sentir o frio, a fadiga”, afirma Feoli.

Relembre o ataque

A ocorrência foi registrada pouco antes do meio-dia. Na fuga, os assaltantes abandonaram uma van, roubaram dois automóveis, fizeram reféns e usaram um pequeno barco para ir de uma ilha para a outra. Uma falsa viatura da Polícia Civil, usada no ataque, foi apreendida pelos policiais junto do material tático usado pelos bandidos.

Também foram recolhidas duas pistolas 9 milímetros, dois carregadores, e 23 munições. Os suspeitos portavam, ainda, um carregador e 30 munições de fuzil calibre 556. As buscas mobilizam efetivos do Bope, 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq), Batalhão de Aviação, Comando Ambiental e as Forças Táticas do 9º BPM, 11º BPM e do 1º BPM.