Argentina bate recorde e registra 42 mil casos de Covid-19 em um único dia

Número de infectados bateu patamar registrado em maio; Infecções também crescem no Uruguai, Bolívia e Peru

Com o avanço da variante ômicron na América do Sul, países como Argentina, Bolívia e Uruguai voltaram a registrar aumento de casos de coronavírus. A Argentina bateu na quarta-feira o recorde diário de novas infecções. Segundo o Ministério da Saúde, 42.032 pessoas foram diagnosticadas com Covid-19 no país, superando o recorde anterior, de 41.080 casos, em 27 de maio, quando foram registradas 551 mortes. Nas últimas 24 horas, 26 pessoas morreram pela doença no país vizinho.

Apesar do aumento de notificações, o país deve reduzir de dez para sete dias o prazo de isolamento obrigatório para pessoas contagiadas com Covid-19 que tenham completado o esquema vacional.

“A Argentina está entrando na terceira onda. O número de casos está aumentando, ainda que isso não esteja se traduzindo em mais internações e mortes”, disse a ministra da Saúde, Carla Vizzotti.

Segundo a ministra, no contexto atual, “a preocupação não é tanto com o sistema de saúde, e sim que ocorra um impacto econômico devido ao isolamento”. O país de 45 milhões de habitantes já registrou 5,5 milhões de casos e 117 mil mortes desde o início da pandemia. “Estamos em um nível muito alto de contágio na capital federal e na Grande Buenos Aires. A situação é grave”, rebateu o médico Rodrigo Salemi em declarações à imprensa.

Uruguai, Bolívia e Peru: crescem os casos de Covid
No Uruguai, foram registrados nesta quarta 1.417 casos de Covid-19, o número mais alto desde junho. O aumento é atribuído à ômicron pelo ministro da Saúde, Daniel Salinas.

Ele anunciou que a dose de reforço passa a ser aplicada quatro meses depois da segunda dose, e que o governo estuda aplicar uma quarta dose da Pfizer a partir do segundo semestre de 2022.

Já a Bolívia registrou o recorde de 5 mil novas infecções hoje, com 46 mortes. O país registra a menor taxa de vacinação na América do Sul, com somente 38,8% da população totalmente imunizada.

“Nos dias 31 e dezembro e 1º de janeiro, não vai ser permitido o acesso, em todo o país, a praias, lagos, rios, lagoas e piscinas públicas”, disse em entrevista coletiva o ministro da Saúde, Hernando Cevallos. “O mais importante é defender a saúde da população e evitar infecções massivas.”

No Peru, para evitar aglomerações e risco de contágio durante as festas de fim de ano, o governo anunciou nesta quarta-feira que vai fechar praias e piscinas públicas na próxima sexta-feira e no sábado. As Forças Armadas e a polícia apoiarão os municípios na vigilância das praias.

O país andino enfrenta um repique da pandemia: as infecções dobraram no último mês, para mais de 1,5 mil por dia. Com 33 milhões de habitantes, o país sul-americano acumula mais de 2,1 milhões de casos de Covid-19 e mais de 202 mil mortes desde o início da pandemia, segundo o site Ourworldindata, ligado à Universidade de Oxford.