Decretada prisão preventiva do principal alvo de operação no Vale do Rio dos Sinos e Paranhana

Investigação da Draco de São Leopoldo apontou suspeito como responsável central por esquema de extorsão e golpe dos nudes

Criminoso foi detido no bairro São Jacó, em Sapiranga | Foto: PC / Divulgação / CP

A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira que foi convertida em preventiva a prisão do principal responsável central por um esquema de extorsão e de golpe dos nudes no Vale do Rio dos Sinos e no Vale do Paranhana. O suspeito havia sido detido em flagrante durante a operação Timeo, que foi deflagrada na terça-feira pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, sob comando do delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior.

A prisão do principal suspeito, de 24 anos, ocorreu durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em uma residência no bairro São Jacó, em Sapiranga. Ele tentou fugir pela porta dos fundos da residência com um revólver, calibre 38 adulterado e com sete munições.

Na casa, outros quatro cartuchos do mesmo calibre foram recolhidos. Dois telefones celulares e mais de R$ 300,00 em dinheiro também foram encontrados pela equipe da Draco de São Leopoldo.

O principal alvo possui vários antecedentes policiais por tráfico de drogas e organização criminosa, tendo sido recolhido ao sistema penitenciário. No entanto, ele já estava em regime aberto e fazia uso de tornozeleira eletrônica no momento da prisão.

Trata-se da terceira prisão em duas semanas no âmbito da investigação sobre uma organização criminosa que causou inúmeras vítimas na região.

Já em Parobé, um cúmplice que emprestava a conta bancária para recebimento dos valores extorquidos das vítimas foi conduzido para a Draco de São Leopoldo. Ele confessou a participação no esquema. Outros “laranjas” estão sendo investigados pelos agentes.

Conforme apuraram os policiais civis, os criminosos aplicavam vários tipos de golpes, como extorsão de comerciantes do setor de revenda de veículos em Ivoti mediante ameaças através de contatos telefônicos e por meio de aplicativo WhatsApp.

Os golpistas se identificam em mensagens como membros de uma fação nascida no Vale do Rio dos Sinos e tentam assim coagir às vítimas a realizarem pagamentos. Em um dos casos, um empresário de automóveis recebeu uma ligação telefônica, na qual um homem teria dito que estaria cobrando valores de todos comerciantes de veículos, “taxa para poderem trabalhar”. Caso não pagassem, os estabelecimentos comerciais seriam alvos de “tiros” e de “incêndios”. Os valores cobrados, em média de R$ 500,00, seria em troca de suposta “segurança”.

Outro esquema liderado pelo grupo é o chamado golpe dos nudes, que também deixou várias vítimas. Uma delas teve um prejuízo de R$ 18 mil. A comunidade pode colaborar com o trabalho da Polícia Civil com o repasse de informações através do número de WhatsApp e Telegram 985-856-118. O sigilo é garantido.