Um ataque cibernético derrubou o sistema interno da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo portal R7, dados de policiais com dívida ativa com a União foram apagados durante a investida criminosa. As equipes de segurança do governo também dizem que foram excluídas informações de condutores cadastrados em bancos de dados das corporações.
Ambas foram atingidas, no dia 10, em meio a um ataque a diversos órgãos do governo, que teve como alvo principal o Ministério da Saúde. De acordo com fontes policiais ouvidas pela reportagem, os dados ainda não foram recuperados e os sistemas permanecem fora do ar.
“Saiu na mídia que os dados não foram afetados. Mas percebemos que muita coisa foi excluída. Existe a expectativa de que tudo volte hoje à tarde, mas ainda não se sabe se o que foi perdido vai ser recuperado”, disse uma fonte anônima que integra a área policial.
O problema impacta no trabalho de milhares de policiais em todo o país, principalmente quem atua na área administrativa e precisa levantar as informações para direcionar ações, investigações e fiscalização de entradas e pessoas em todo o país. A suspeita é de que ocorreu um ataque do tipo ransomware, com o sequestro de informações do sistema.
O problema tira do ar o Sistema Eletrônico de Informações do governo federal. As investigações, até o momento, não chegaram aos autores das ações e nem identificaram a localização dos atacantes. A suspeita é de que o crime tenha partido de algum servidor que atua no governo e que tenha acesso privilegiado — o que facilita a exclusão de informações e comprometimento do sistema.
A PRF e a PF foram procuradas para se posicionar sobre o caso, mas ainda não responderam.
