Termelétrica de Uruguaiana é reativada em meio a crise hídrica

Após cerca de seis anos de inatividade, usina alimentada a gás natural volta a operar

Após quase seis anos de inatividade, a usina gaúcha Termo Uruguaiana, alimentada a gás natural, voltou a operar. A unidade é relevante no momento em que o país enfrenta dificuldades na oferta de energia, com os níveis dos reservatórios da usinas hidrelétricas em níveis bem abaixo do ideal.

Segundo o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Retomada da Termo Uruguaiana, Frederico Antunes (PP), o complexo voltou às atividades com uma geração de aproximadamente 450 MW. Esse resultado representa 10% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul.

“E a ideia é chegar à capacidade plena”, adiantou Antunes. A capacidade instalada da unidade é de 640 MW. Devido às dificuldades de oferta de combustível oriundo da Argentina, a estrutura não produz energia de forma contínua desde 2009. A geração da térmica já havia sido retomada, em caráter emergencial, por períodos temporários, entre 2013 e 2015.

Neste momento, ainda não há uma data específica determinada para a interrupção da operação da usina. Como a oferta de gás natural na Argentina voltou a escassear, o complexo optou por utilizar gás natural liquefeito (GNL) importado para poder voltar a gerar.

A termelétrica passou, em junho, a ser administrada pela Âmbar Energia. A empresa, do Grupo J&F, comprou o ativo da argentina Saesa, que antes havia adquirido o empreendimento do Grupo AES. Em outubro, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS) Elétrico, Luiz Carlos Ciocchi, já havia defendido a possibilidade de com o apoio da usina de Uruguaiana, especialmente, para esse período de fim de ano.

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