O sobrinho do réu Elissando Spohr, Willian Renato Machado, disse nesta segunda-feira que, logo após o incêndio começar, viu o tio avisar as pessoas de dentro da Kiss para deixarem o estabelecimento. “Logo que presenciei o fogo, já me direcionei à saída. Eu fui até uma parte da saída, não cheguei a sair totalmente. E já ouvi o Kiko (Elissandro) gritando: ‘sai, sai, que é fogo'”, afirmou. Machado cumpria expediente na parte da tarde, fazendo a divulgação nas redes sociais dos eventos da noite.
Machado disse, no entanto, não ter visto nenhum integrante da banda Gurizada Fandangueira avisar as pessoas para saírem da boate. O fogo, conforme relata a testemunha, começou após a segunda música tocada pelo grupo. O depoente contou que saiu da casa antes de as luzes terem apagado.
Sobre a iniciativa de Elissandro em meio ao incêndio, William contou que o tio esteve com ele o tempo inteiro. “A gente ajudou no salvamento. Presenciamos a chegada dos bombeiros. O Kiko (Elissadro) queria entrar na boate, pediu máscara para os bombeiros e o relato deles foi que ‘isso é coisa de filme'”, recordou. “Consegui entrar até a segunda porta e depois voltei. A gente participou durante um bom tempo”, completou.
Após a tragédia, o sobrinho de Spohr relatou ter ficado dois dias internado, mas que não teve sequelas posteriormente. Machado é o segundo a depor no sexto dia de julgamento. O empresário Stenio Rodrigues Fernandes prestou o primeiro depoimento.