Esposa de Elissandro Spohr fala que nunca assistiu a show pirotécnico na Kiss

Nathalia Daronch é a terceira pessoa a depor no julgamento do processo

Foto: Ricardo Giusti/CP

A esposa de Elissandro Spohr, Nathalia Daronch, é a terceira pessoa a depor no julgamento do caso da Boate Kiss, nesta segunda-feira. Spohr, também conhecido como Kiko, é um dos sócio-proprietários da casa e um dos réus pelo processo. Grávida na época, ela esteve na casa noturna horas no dia da tragédia. Nathalia disse que nunca tinha assistido a nenhum show com artefatos pirotécnicos dentro da Kiss. O incêndio, em Santa Maria, matou 242 pessoas e feriu mais de 630, em janeiro de 2013.

“Nunca vi nenhuma banda fazer uso de pirotecnia”, contou Nathalia. A promotora Lúcia Helena Callegari, então, mostrou uma imagem de uma apresentação da banda de Spohr, o Projeto Pantana, que fazia uso de pirotecnia dentro da Kiss. Ao ser questionada sobre a imagem, Nathalia especificou que aquela foto não era de um show, mas de uma gravação de um videoclipe com pessoas convidadas fazendo parte da plateia. Ela disse não lembrar a data da gravação.

Sobre o dia incêndio, Nathalia confirmou que presenciou a hora da passagem de som da banda Gurizada Fandangueira, no período da tarde, e que não havia artefatos pirotécnicos instalados no palco neste momento do dia. “Acredito que tenha sido montado na hora do show. Sei que não tinha autorização, pois estava acompanhando a passagem de som na casa”, explicou. A esposa do réu ainda contou que, naquele dia, ao chegar na boate, Kiko perguntou aos funcionários quantas pessoas havia na casa.

Naquela noite, ela chegou à festa por volta da 1h e não viu quando o incêndio começou. Ao ver a movimentação, Nathalia disse que pensou se tratar de uma briga. Logo após, contou que viu o marido pedindo para entrar na boate, depois que começou o incêndio, mas os bombeiros não o deixaram. Nathalia também disse que chegou a ficar internada, entre 5 e 7 dias após a tragédia.

Ainda está previsto para esta segunda-feira o depoimento da testemunha Márcio André de Jesus dos Santos, arrolada pelo músico Marcelo de Jesus dos Santos, outro dos réus no processo criminal.

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