Homem é preso em flagrante em Canoas durante operação nacional contra pedofilia

No Rio Grande do Sul, os agentes ainda cumprem dois mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Santa Maria

Foto: Divulgação / Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu um homem em flagrante, na manhã desta sexta-feira, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, por posse de imagens de abuso sexual infantil. A ação integrou a operação Lobos II, deflagrada em 20 estados e no Distrito Federal. O suspeito, de 33 anos, não é trabalhador formal.

No Rio Grande do Sul, os agentes ainda cumprem dois mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e outro em Santa Maria. Nessas cidades, até o início desta tarde, ninguém havia sido preso. Ao todo, a operação demanda 104 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva.

Em curso desde 2019, a operação Lobos II tenta desarticular uma organização criminosa, de atuação internacional, suspeita de abusar sexualmente de crianças e adolescentes e difundir o material na chamada dark web. A dark web é uma camada obscura da internet que necessita de configurações específicas para ser acessada.

Um brasileiro, segundo a PF, é o responsável por hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores. Os sites e fóruns eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de até 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas, de acordo com a investigação.

Os criminosos agiam mediante divisão de tarefas (arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, entre outras funções), com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material.

“Muitos deles são abusadores, metade ou mais da metade são potenciais abusadores”, comentou o delegado da Polícia Federal Renato Cintra.

Os sites eram acessados por mais de 1,8 milhão de usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, dando a dimensão da necessidade de enfrentamento aos principais fomentadores desse tipo de conduta delituosa.