A promotora Lúcia Callegari concedeu uma entrevista durante o intervalo das 10h30min da manhã de hoje, após bate-boca do advogado Jean Severo com o juiz Orlando Faccini Neto. Foi o segundo momento de tensão do dia no júri. A discussão iniciou quando a testemunha Daniel Rodrigues se recusou a responder um questionamento, o que deixou Severo incomodado.
“Houve desrespeito às testemunhas. É a tática da defesa de querer trazer outras responsabilidades para o julgamento. Temos quatro pessoas sentadas no banco dos réus que precisam ser condenadas. Minha preocupação é não deixar os jurados estressados. Na plateia também há familiares tensos. Estou preocupada com a saúde do Flávio Silva (presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria), que passou por um procedimento cardíaco há poucos dias”, afirmou a promotora da acusação. Questionada sobre a ameaça do advogado Jean Severo de deixar o julgamento, a promotora foi direta:
“O Jean sempre faz isso. É o teatro dele”. Na volta da pausa, o juiz Orlando Faccini Neto disse que nunca tinha paralisado um júri em função dos ânimos alterados.
O advogado Jean Severo, que representa o réu Luciano Bonilha Leão, entrou em conflito com a testemunha quando ele se recusou a responder se a loja tinha, ou não, sido fechada pela Polícia Civil por irregularidades. Ânimos exaltados em plenário. @RdGuaibaOficial @correio_dopovo pic.twitter.com/IoAZQQgYw7
— Aristoteles Junior (@aristotelesjr) December 3, 2021