O estado de São Paulo vai manter o uso obrigatório de máscara contra o coronavírus em locais abertos mesmo depois do dia 11, quando a liberação ocorreria segundo recomendação do governo. A decisão, baseada em recomendação do Comitê Científico do Governo, veio em seguida à confirmação de casos da variante ômicron no estado.
Após o governador ter solicitado, na tarde dessa terça-feira (30), uma nova avaliação, o órgão técnico pediu a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscara. Na recomendação, o comitê considerou que “há incertezas quanto ao impacto da variante ômicron às vésperas do fim de ano. Os períodos de Natal e do Réveillon costumam provocar grandes aglomerações, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias como a Covid-19”.
“Decidimos adotar essa medida por prudência com o cenário epidemiológico no estado. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução. O nosso maior compromisso é com a saúde da população”, disse o governador João Doria (PSDB).
Também a festa de Réveillon na capital paulista foi cancelada. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (2) pelo secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido. Segundo ele, o novo estudo indicou a necessidade de cautela diante do avanço da ômicron. São Paulo já tem três casos confirmados da variante. Os pacientes, diagnosticados por meio de testes, estão em isolamento.
Vacinação
Em São Paulo, foram aplicadas 78 milhões de doses contra a Covid-19 nos 645 municípios do estado, com 76,15% da população com esquema vacinal completo e 84,7% protegida por ao menos uma dose de imunizante. Segundo o governo, em comparação com países de população igual ou superior a 40 milhões de pessoas, São Paulo figuraria em quarto lugar entre as nações que mais vacinam no mundo, atrás apenas da Espanha (80,49%), Coreia do Sul (80,03%) e Japão (77,31%).