O ex-ministro da Justiça Sergio Moro, pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022 pelo Podemos, concedeu entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta quinta-feira e falou sobre seus projetos para o País. Em sua manifestação, Moro destacou que será preciso reconstruir o combate à corrupção e defende uma política que seja voltada para as pessoas.
“Fui provocado por diversas pessoas sobre ideia de apresentar um projeto para o Brasil. Vamos rodar o País nas próximas semanas e mostrar essas ideias e ouvir as pessoas. O combate à corrupção é algo que precisa ser reconstruído e isso uma Justiça mais efetiva. Tenho até acompanhado com tristeza este caso da Boate Kiss, que está sendo julgado quase nove anos depois da tragédia. Há uma longa jornada pela frente no processo, mas um caso deste não pode demorar quase nove anos para ser analisado. Isso é uma afronta”, resumiu. “Pensando em tudo isso, entendi que poderia enriquecer o debate colocando o meu nome à disposição da sociedade brasileira”, acrescentou.
Moro comentou que a política brasileira ainda não é vista com bons olhos pelo brasileiro e que isso precisa ser modificado. “As pessoas percebem que o mundo da política gira em torno de si mesmo ao invés de cuidar das pessoas. Quando digo “as pessaoas acima de tudo”, não trato isso como um slogan de projeto, mas como uma coisa que acredito. Há pessoas boas em Brasília, mas há também uma parte que está mais preocupada com a manutenção de privilégios. Nós temos que mudar essa pauta. Parte do nosso projeto envolve o corte desses privilégios, tanto que defendemos o fim da reeleição para cargos no Executivo. Já falei isso publicamente e reitero”, argumentou.
Questionado sobre a composição de uma eventual chapa, Moro considerou que ainda é muito cedo para tratar do tema. “Nosso foco é a construção do projeto. Tenho ouvido especialistas e pessoas para aprender. Estamos coordenando ainda um grupo de trabalho para dialogarmos sobre educação na primeira infância, primeiro emprego e política de combustíveis, entre outras coisas. Temos falado com muitos partidos e agentes políticos, mas a questão do vice fica mais para frente”, explicou.