Covid-19: OMS aponta baixa cobertura vacinal e testes insuficientes

Mistura é perfeita para variantes se reproduzirem, alerta organização

Foto: Pixabay

O mundo enfrenta “uma mistura tóxica” que resulta da baixa cobertura vacinal contra a Covid-19 e um nível de testagem insuficiente, alertou hoje o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Ele disse que é uma receita perfeita para as variantes se reproduzirem.

”O fim da pandemia não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha”, declarou o diretor da OMS, em uma conferência de imprensa. “Globalmente, temos uma mistura tóxica de baixa cobertura de vacinação e rastreio muito baixo, uma receita perfeita para as variantes se reproduzirem e se amplificarem.”

O alerta ocorre após o surgimento da variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2 em novembro, que colocou o mundo em pânico. Nunca uma variante causou tanta preocupação no mundo desde o surgimento da Delta.

A OMS informou que a Ômicron – também conhecida como B.1.1.529 – teve o primeiro relato registrado em 24 de novembro, na África do Sul, enquanto o primeiro caso confirmado por laboratório se baseou em uma amostra recolhida em 9 de novembro.

A Ômicron preocupa os especialistas em razão do excesso de mutações, que pode torná-la mais contagiosa e potencialmente mais resistente aos imunizantes. Estudos seguem em andamento para determinar se esse é realmente o caso e em que medida, mas os primeiros resultados só devem estar disponíveis nas próximas semanas.

“Pelo menos 23 países em cinco das seis regiões da OMS já relataram casos da variante Ômicron, e esperamos que esse número aumente”, disse Tedros. No fim da tarde, o total já havia subido para 28.

Houve mais quatro variantes preocupantes até agora: a Delta, que representa quase a totalidade dos casos sequenciados em todo o mundo, a Alfa, a Beta e a Gama.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.214.847 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,26 milhões infeções pelo novo coronavírus registradas desde o início da pandemia, conforme o mais recente balanço da Agência France Presse (AFP).