A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) anunciou, nesta quarta-feira, que solicitou às desenvolvedoras de vacinas autorizadas no Brasil informações sobre estudos em andamento que apontem impactos da nova variante ômicron na eficácia dos imunizantes contra o coronavírus. Os pedidos foram endereçados aos laboratórios Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen.
“A Anvisa exige, para as vacinas autorizadas, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes”, informou o órgão regulador. A agência admite que isso pode levar tempo, já que é preciso obter informações genéticas e amostras de pacientes. E salienta que as vacinas atuais permanecem sendo efetivas para prevenir a Covid-19 e desfechos clínicos graves, incluindo hospitalização e morte.
Segundo o órgão, o momento é de “cautela”. Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a nova variante, identificada inicialmente na África do Sul, com de “preocupação” – mesma categoria de outras quatro cepas, incluindo a delta. Por enquanto, o Brasil é o único país latino-americano que identificou pacientes com a variante ômicron. Nesta quarta-feira, São Paulo reportou o terceiro caso. No mundo, cerca de 30 países já confirmaram casos de ômicron, nos cinco continentes, incluindo os Estados Unidos.
A Anvisa também comunicou que trabalha ativamente com os reguladores internacionais e laboratórios para possibilitar uma atuação rápida diante de potenciais impactos da nova cepa. “A melhor coisa que a população pode fazer é ser vacinada ou receber o reforço do imunizante e manter as medidas de prevenção”, completa a nota.