Polícia Civil realiza nova fase de operação que investiga corrupção na administração pública de Canela

Mandados de busca e apreensão são cumpridos em cinco locais nas cidades de Canela e Gramado; endereços são ligados a empresas que prestam serviços de maquinário e terraplanagem para a Prefeitura de Canela

Foto: Polícia Civil / Divulgação

A Polícia Civil de Canela realiza, na manhã desta segunda-feira (29), a quarta fase da Operação Caritas, que investiga crimes de corrupção na administração pública da cidade. Trinta policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão nas cidades de Canela e Gramado em endereços ligados a empresas que prestam serviços de maquinário e terraplanagem para a Prefeitura de Canela. Ao todo, cinco endereços são alvos de buscas nesta manhã nas duas cidades.

O delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Polícia de Canela, não revela detalhes da investigação policial para não prejudicar a apuração dos delitos, apesar de não haver segredo de justiça decretado nos autos, restringindo-se a reafirmar que o trabalho da Polícia Civil nesta investigação policial, como em todas as outras, é extremamente técnico e baseado exclusivamente no conteúdo probatório colhido até o presente momento pelos policiais. Medeiros informou, ainda, que o trabalho da força-tarefa de policiais civis destacados para o inquérito policial da Operação Caritas está concentrado, atualmente, na análise do grande volume de documentos e equipamentos apreendidos na ação policial do último dia 8 de novembro, quando cumpridas pela Polícia Civil simultaneamente 176 medidas judiciais em nove cidades no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A ação da manhã desta segunda-feira é a quarta fase da Operação Caritas, que se iniciou em 9 de abril, quando apreendidos materiais de construção do Hospital de Caridade de Canela que haviam sido desviados para propriedade particular (primeira fase); em 30 de junho, policiais civis apreenderam uma lista com nomes de servidores (CCs) que pagavam valores em dinheiro para o partido político após acompanharem, durante todo o dia, a atividade de recolhimento do dinheiro em diversos locais, inclusive prédios públicos (segunda fase); em 08 de novembro, 175 policiais civis cumpriram simultaneamente 176 medidas judiciais, que incluíram prisões preventivas, afastamentos cautelares de servidores públicos e 44 mandados de busca e apreensão em nove cidades, além de outras medidas (terceira fase).

O inquérito policial segue em andamento e é prioridade absoluta para a Polícia Civil de Canela, que tem instalada uma força-tarefa de policiais civis destacados com exclusividade para a investigação policial.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura Municipal de Canela informou que não vai manifestar-se sobre a ação, mas colocou-se à disposição da Justiça.

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