O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil está em condições de oferecer atendimento à população no caso de a nova variante do coronavírus entrar no país. “Nosso país está preparado”, disse o chefe da pasta, em live no Instagram, no fim da manhã deste domingo.
Segundo Queiroga, o Brasil conta hoje com 42 mil leitos disponíveis e as salas de vacina com imunizantes suficientes para “todos os brasileiros aptos” a se imunizarem.
“Os cuidados com essa variante são os mesmos cuidados com as outras variantes. E a principal arma que nos temos para enfrentar essas situações é a nossa campanha de imunização. Nesse particular, o Brasil, como vocês sabem, vai muito bem”, afirmou.
Queiroga disse que o Ministério da Saúde já distribuiu 372 milhões de doses de vacinas, sendo que 308 milhões foram aplicadas até o momento. “Mais de 178 milhões de habitantes já tomaram uma ou mais doses da vacina.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como “preocupante” a variante B.1.1.529 do coronavírus causador da Covid-19 e passou a chamá-la de Ômicron, informou o órgão após uma reunião do Grupo Consultivo Técnico sobre o Vírus SARS-CoV-2 nessa sexta-feira.
Autoridades sanitárias da África do Sul notificaram na quarta-feira a OMS sobre a nova cepa, que é potencialmente mais contagiosa e com múltiplas mutações.
Fronteiras fechadas
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que o Brasil vai impedir a entrada de estrangeiros de seis países africanos devido ao surgimento da variante ômicron. A restrição vale, a partir da próxima segunda-feira, para voos provenientes da África do Sul, Botsuana, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
“Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia naquele país”, anunciou Ciro em uma rede social.
A Anvisa já pediu que as restrições sejam estendidas a mais quatro países: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.