Os Estados Unidos e o Canadá anunciaram, nesta sexta-feira, o fechamento das fronteiras para viajantes de oito países do sul da África, em resposta ao surgimento da variante Ômicron do coronavírus.
O governo de Joe Biden disse que pessoas da África do Sul, Botsuana, Zimbábue, Namíbia, Lesoto, Eswatini (ou Suazilândia), Moçambique e Malaui serão proibidas de entrar no território dos EUA a partir de segunda-feira.
Apenas cidadãos e aqueles com residência permanente nos Estados Unidos poderão entrar no país vindo dessas nações, observou um alto funcionário americano, sob a condição de anonimato.
O Canadá também proibiu os viajantes dos mesmos países do sul da África, exceto Malaui, de entrar no país.
“Devemos agir rapidamente para proteger os canadenses”, explicou o ministro da Saúde, Jean Yves Duclos, em coletiva de imprensa, ao informar as restrições para os sete países.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na sexta-feira que a cepa B.1.1.529 do coronavírus, relatada pela primeira vez pela África do Sul em 24 de novembro, é uma “variante preocupante”, e a batizou de Ômicron.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro resiste a tomar medidas semelhantes. De acordo com ele, a população precisa “aprender a conviver com o vírus”.
“Não vai vedar, rapaz. Que loucura é essa? Fechou o aeroporto, o vírus não entra? Já está aqui dentro”, disse Bolsonaro a um simpatizante ao ser questionado sobre a hipótese de restringir a entrada de estrangeiros no país.
O apoiador citou a quarta onda de Covid-19 na Europa, mas o presidente minimizou: “Você está vendo muita Globo”.