Com previsão de investimentos de R$ 1,3 bi, projeto de revitalização do Cais Mauá é apresentado

De acordo com o cronograma, edital deve ser publicado em maio e a assinatura do contrato está prevista para agosto.

Foto: Guilherme Almeida / Correio do Povo

Com previsão de R$ 1,3 bilhão em investimentos durante o período de 15 anos, o governo do Estado apresentou, nesta quinta-feira, no Palácio Piratini, o projeto de revitalização do Cais Mauá. O modelo de investimento prevê recursos do setor das docas, que poderão ser reinvestidos na revitalização dos setores de armazéns e na área do gasômetro.

De acordo com projeto, também há previsão de que um trecho de 1 quilômetro do muro da avenida Mauá – que compreende a Estação da Trensurb até a Usina do Gasômetro – seja demolido. A intenção é construir na área retirada, assim como no restante da estrutura, um novo sistema de proteção que compreenda toda a extensão, inclusive o cais – a atual estrutura serve como barreira protetiva apenas para a cidade. Além disso, devem ser construídos na área edifícios residenciais e corporativos, incluindo um hotel.

Com relação à modalidade, a concessão é vista como a melhor alternativa de destinação do terreno. Contudo, ainda não há definição se a área vai ser concedida como um todo ou por partes.

“A gente tem claramente na parte das docas um projeto mais referencial, no sentido de que ali há mais liberdade de o investidor fazer o projeto dele. No entanto, sempre destaco que, sendo referencial, serve como base a gente seguir conversando com a prefeitura para garantir segurança jurídica para esse empreendedor. E, na parte dos armazéns, ele também é conceitual, no sentido que não está totalmente amarrado no último nível, ele não é um projeto executivo. Mas ele serve para aprovação e um trabalho junto à prefeitura. E ali, como estamos falando de uma concessão, há mais controle do poder público”, explicou o chefe de departamento de estruturação de projetos imobiliários do BNDES, Osmar Lima.

Para o governador Eduardo Leite, o projeto, além de ter força simbólica “muito grande” para o Estado, representa uma visão de futuro, aumentando a autoestima e promovendo a geração de empregos. Ele destacou, ainda, a importância de retirar o muro da Mauá. “A perspectiva é de que possa ser derrubado e integrado a um espaço tão bonito para a cidade”, completou.

Durante as obras, a projeção é a criação de 45 mil empregos diretos e 5 mil indiretos. Segundo o cronograma, os estudos com relação ao projeto devem seguir até março do ano que vem. Já o edital deve ser publicado em maio, com a assinatura do contrato acontecendo em agosto.